“Uma pessoa precisa viajar.
Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto.

Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser.

Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink



Mochileiras nesta foto: Zélia, Regina e Tânia

domingo, 14 de março de 2010

Caminho de Santiago

Vamos Buscar nosso Caminho ?

Quantas vezes nos fazemos esta pergunta na vida?

As vezes a fazemos de uma outra maneira, mas querendo dizer exatamente isso: o que somos e para onde vamos?

O Caminho de Santiago é apenas uma rota. Mesmo que cada um tenha um diferente Caminho.
Ele é único. Ele é parte.


O Caminho das Estrelas

Após a morte de Jesus, o apóstolo Tiago foi para a Espanha onde permaneceu sete anos pregando o evangelho. Ao regressar á Jerusalém, Tiago foi preso e decapitado por ordem do Rei Heródes Agrippa. Seus restos foram recolhidos por seus discípulos Teodoro e Atanásio, e levados para a Espanha. Desembarcaram na Galícia, num lugar que hoje é chamado Padrón. Ali foi enterrado em uma cripta no ano 44 da Era Cristã.

O túmulo ficou esquecido até sua descoberta, no dia 25 de julho, um domingo, no ano 813, quando um eremita chamado Pelayo viu luzes caindo sobre um bosque da Galícia. As luzes, que pareciam uma chuva de estrelas, indicaram o local onde se encontrava o túmulo do Apóstolo.

Com a descoberta, as peregrinações ao túmulo passaram a ser incentivadas pelo Cristianismo, fazendo frente ao Islamismo e à peregrinação a Meca. Isto porque, na mesma época, a região estava sendo invadida pelos muçulmanos, e Maomé era invocado por estes nas batalhas. Da mesma forma, Santiago passou a ser invocado nas batalhas, e corria a notícia que ele lutava contra os mouros (muçulmanos) ao lado dos cavaleiros. Essa imagem de Tiago como cavaleiro, conhecida como Santiago Matamoros, é um símbolo muito comum nas igrejas do norte da Espanha.

No ano de 862, a relíquia (restos do apóstolo) foram transladados para Santiago, hoje Santiago de Compostela (Santiago do Campo das Estrelas - uma referência às luzes vistas por Pelayo). Em 1075, foram iniciadas oficialmente as obras de construção da catedral que ainda hoje guarda os restos de Santiago.

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